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Mostrando postagens de novembro, 2012

Circo dos horrores

     Não é de se admirar que as pessoas com deficiência ainda sejam vistas com olhares piedosos e com sentimento de total dependência se parte de nós mesmos atitudes que contribuem para alimentar esse tipo de pensamento.      Cada passo significante na conquista dos direitos de determinado grupo exige o pleno envolvimento daqueles que sentem na pele a necessidade de mudança. Não basta sentar na janela e acompanhar o movimento. Não adianta apenas torcer e pedir a Deus que os outros consigam e que tudo melhore. É preciso se envolver não só de alma e coração mas também com a nossa presença, com a nossa voz. A voz de quem sabe o que diz.     Foi assim com movimentos que fizeram a diferença como o Movimento pelos Direitos Civis que atingiu a universalidade e a popularidade liderado por Martin Luther King e com muitos outros de menor proporção. A luta de Martin foi duradoura e constante e com o envolvimento de muitas pessoas. Apesar de ser o líder, cada um dos que esteve com ele é

Educação inclusiva: Um passo a mais

Não foi nada fácil fazer a inclusão do Lucas na escola regular. Tivemos medo, insegurança... Foram muitas desilusões, conversas, reuniões, pedidos, idas e vindas em escolas, Diretoria de Ensino, Conselho Tutelar até chegar finalmente na Promotoria de Justiça em 2011. Apesar de todos os meus esforços, confesso que já estava para entrar no time daqueles que não acreditam nem um pouco na inclusão pois mesmo com o auxilio da justiça, nada tinha acontecido até agora... Meu dilema nas ultimas semanas era o que fazer em relação a inclusão de Lucas na escola regular já que desde 2010 quando foi matriculado não tem professor especializado e nem mesmo um cuidador. Esse ano teve recorde de calças molhadas de xixi e um número insignificante de atividades para ele fazer em casa, o que deixa não só a mim insatisfeita mas a ele também. Lucas já me deixou claro em vários momentos que sabe tudo o que acontece a sua volta e que sofre com essa "inclusão" que temos hoje. Mesmo assim é feliz

O Teleton e o sonho de todos nós

Foram muitas as vezes em que me perguntei porque afinal as pessoas insistem tanto em uma cura física ao invés de se preocuparem se a pessoa está ou não vivendo feliz com sua condição. Percebo que não é apenas uma vontade de cada pai, mãe ou até mesmo da própria pessoa. A situação é um pouco mais crítica quando na verdade a maioria das vezes pensamos não em nós mesmos e em nossos filhos mas sim nas demais pessoas que na verdade nem estão a par do "problema", da realidade que cada um vive quando se tem uma condição física e intelectual diferenciada. O que falta para mudarmos de uma vez por toda nossa concepção de normalidade e felicidade? Sempre me perguntaram porque meu filho não aparecia no Teleton e ainda que não quisesse eu precisava dizer-lhes que era pelo fato de que meu filho apesar dos muitos ganhos que teve na AACD não tinha o perfil que eles precisam para mostrar na TV. A maioria das pessoas se surpreendiam ao saber disso e logo caíam na real quando eu explicava