Há duas semanas atrás conheci uma atriz que se tornou famosa ainda na adolescencia. Aos 18 anos teve um filho com deficiencia. Estavamos em grupo e fiquei suspresa pois ela não queria de forma alguma falar sobre o seu filho. O pouco que fiquei sabendo foi através do seu marido que é padastro do menino. Ele conversa numa boa, conta sobre as brincadeiras com o menino, como se comporta...
Quando percebi que ela não tocaria no assunto, fui falando que tinha escrito o livro por causa do preconceito que sofremos, das perguntas que nos incomodam... Na esperança de que ela falasse, mas nem assim deu certo.
Já ouvi de uma senhora o seguinte comentário:
- Nossa, mas você tão novinha... que pena...
Pena foi eu não ter, na época, maturidade suficiente para responder que meu filho não era um transtorno e sim uma benção.
Outra vez estava voltando da AACD para minha casa, de ônibus. Já estava extremamente cansada, chateada, enfim, tinha sido um dia daqueles... O ônibus lotado, até que senta uma mulher do meu lado, ainda jovem, começa a me perguntar sobre o Lucas. Como sempre faço, respondi com o maior prazer, pois prefiro saciar a curiosidade, para que se comportem melhor diante de uma pessoa com deficiencia.
Estavamos conversando e de repente ela começa a perguntar se tinha quem me ajudasse e tal...
Na época eu e meu marido estávamos separados, morava sozinha com o Lu e respondi pra ela que não. Ela então começa a chorar e eu perguntei porque, para minha infelicidade..
Ela me respondeu que estava pensando na minha vida em como eu conseguia viver com um filho naquele estado e sem ninguém para ajudar...
Imaginem como fiquei, não lembro se sairam lágrimas dos meus olhos, mas posso garantir que por dentro eu chorava... e muito. Depois de um dia "daqueles" ter que ouvir aquilo??...
Hoje fico pensando: é muito fácil para as pessoas, falar o que pensam sem pensar nas consequências, tirar conclusões precipitadas sobre a vida dos outros, sem conhecer seus motivos... criticar os erros dos outros sem analizar os próprios erros...
Já ouvi críticas de profissionais em relação as atitudes das mães de crianças com deficiencias, pelo fato de não cuidarem como deveriam, de não falar sobre o assunto, sobre o filho...
Ocorre que não é fácil ter um filho que não foi o esperado.
Quando estamos grávidas, idealizamos o nosso filho. Muitas mães, pensam até o que o filho será quando adulto... e a maioria sequer imagina que pode ter um filho fora dos padrões da "normalidade" e quando nasce essa criança, é um choque para os pais e a família em geral.
Ninguém está preparado para ter um filho com deficiencia. Temos que entender a família, os profissionais que ainda não estão preparados e a sociedade em geral.
Mas temos também que falar sobre o assunto, discutí-lo, conhecer para saber como se comportar, enfim, trabalhar para a inclusão verdadeira, lembrando que todos somos seres únicos, portanto diferentes, com necessidades específicas, que todos temos limitações, umas mais e outras menos e principalmente que TODOS temos direito não só de estar vivo, mas também de viver a vida em sua plenitude.
Grande abraço a todos que nos visitam!!
Quando percebi que ela não tocaria no assunto, fui falando que tinha escrito o livro por causa do preconceito que sofremos, das perguntas que nos incomodam... Na esperança de que ela falasse, mas nem assim deu certo.
Já ouvi de uma senhora o seguinte comentário:
- Nossa, mas você tão novinha... que pena...
Pena foi eu não ter, na época, maturidade suficiente para responder que meu filho não era um transtorno e sim uma benção.
Outra vez estava voltando da AACD para minha casa, de ônibus. Já estava extremamente cansada, chateada, enfim, tinha sido um dia daqueles... O ônibus lotado, até que senta uma mulher do meu lado, ainda jovem, começa a me perguntar sobre o Lucas. Como sempre faço, respondi com o maior prazer, pois prefiro saciar a curiosidade, para que se comportem melhor diante de uma pessoa com deficiencia.
Estavamos conversando e de repente ela começa a perguntar se tinha quem me ajudasse e tal...
Na época eu e meu marido estávamos separados, morava sozinha com o Lu e respondi pra ela que não. Ela então começa a chorar e eu perguntei porque, para minha infelicidade..
Ela me respondeu que estava pensando na minha vida em como eu conseguia viver com um filho naquele estado e sem ninguém para ajudar...
Imaginem como fiquei, não lembro se sairam lágrimas dos meus olhos, mas posso garantir que por dentro eu chorava... e muito. Depois de um dia "daqueles" ter que ouvir aquilo??...
Hoje fico pensando: é muito fácil para as pessoas, falar o que pensam sem pensar nas consequências, tirar conclusões precipitadas sobre a vida dos outros, sem conhecer seus motivos... criticar os erros dos outros sem analizar os próprios erros...
Já ouvi críticas de profissionais em relação as atitudes das mães de crianças com deficiencias, pelo fato de não cuidarem como deveriam, de não falar sobre o assunto, sobre o filho...
Ocorre que não é fácil ter um filho que não foi o esperado.
Quando estamos grávidas, idealizamos o nosso filho. Muitas mães, pensam até o que o filho será quando adulto... e a maioria sequer imagina que pode ter um filho fora dos padrões da "normalidade" e quando nasce essa criança, é um choque para os pais e a família em geral.
Ninguém está preparado para ter um filho com deficiencia. Temos que entender a família, os profissionais que ainda não estão preparados e a sociedade em geral.
Mas temos também que falar sobre o assunto, discutí-lo, conhecer para saber como se comportar, enfim, trabalhar para a inclusão verdadeira, lembrando que todos somos seres únicos, portanto diferentes, com necessidades específicas, que todos temos limitações, umas mais e outras menos e principalmente que TODOS temos direito não só de estar vivo, mas também de viver a vida em sua plenitude.
Grande abraço a todos que nos visitam!!
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