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Mostrando postagens de outubro, 2012

A diferença entre abraçar e sentir

A primeira coisa que me vem a mente quando leio a palavra autismo é a falta que as mães devem sentir de abraçar seus filhos e logo lembro dos sorrisos e abraços que recebo do meu que mesmo com seus músculos rígidos se esforça para me dar um abraço e me fazer um carinho, que as vezes resulta em um belo tapa... Estudei um pouco sobre autismo, convivi um curto mais significante período com crianças autistas. Tive a oportunidade de fazer um estágio de sete dias durante cinco horas por dia em uma instituição para autistas. Não vou medir palavras ainda que possa assustar alguns pais, mas fiquei abalada. Isso tem mais ou menos uns três anos e ainda lembro das crianças com as quais convivi naqueles dias. Era um menino e duas meninas. Apesar das semelhanças cada um tinha suas particularidades. Não sei porque penso tanto neles, talvez seja o fato de acreditar desde o primeiro dia que fiquei com as crianças, que alguma coisa ainda está errada no tratamento delas. Que o que faziam e me orienta

Tolerância 0

Como disse o ultimo urologista com o qual passamos em consulta, a arrogância médica é um grande problema. Como me cansa ir a um a consultório médico e ser atendida por uma pessoa que como já disse aqui parece mais ser especialista em chucrologia. Nem sei para que acrecitar em um Deus invisível se temos certos tipos de médicos que agem como sendo o próprio encarnado... Nada mais interessa para eles a não ser que façam o que mandam e não queira saber para quê, qual a importância do procedimento, afinal você não estudou medicina e eles sim "sabem o que fazem"... Quanta petulância pode haver em um ser humano... é impressionante! Levei meu filho hoje a um pediatra para que avaliasse se está bem para um procedimento cirúrgico e sem dar muita importância ao que eu dizia a mesma disse para mim que eu "preciso" vacinar meu filho contra meningite ao analisar seu cartão de vacinas. Fiquei até assustada pois nunca ouvi um pediatra sequer informar sobre os riscos de uma i

A vingança do meu lado Carminha

Carminha abrançando Nina no ultimo caítulo da novela Avenida Brasil. Afinal Carminha acabou mais pra santa do que pra diaba. Eu bem acredito na mudança das pessoas porque eu mesma já tive meus dias de rebeldia e queria não vingança mas justiça. Clamei aos céus e pedi que algo fosse feito ao ver meu filho e tantas outras crianças gemendo de dor enquanto deveriam estar brincando e esbanjando risadas gostosas. Não era justo o que via nas UTIs em minhas andanças por diversos hospitais. Claro que me abati, era impossível não ser afetada pela "indiferença" que a vida parecia nos oferecer. E havia momentos em que pensava que as coisas nunca iriam melhorar. Estava ficando mais com meu lado Carmem Lucia e então resolvi me vingar. Minha vingança foi não me deixar levar pela tristeza, não me afogar em um mar de lamurias. E sou teimosa, acreditei em dias bons e continuo acreditando em dias ainda melhores. Carminha se redimiu, eu também! E é bem melhor assim. Fizemos as pazes

Levanta-te e anda?

Admito. Já sonhei muito com o meu filho andando. Em meus pensamentos já o vi de pé, de tênis bem cravado no chão. Sem qualquer dificuldade, sem sua magreza que é estranha para quem não está acostumado, sem falta de equilíbrio... Bonzinho como diria minha avó. Já fui a igreja não por me sentir bem, nem pela palavra de Deus, mas pura e simplesmente esperando ver meu filho levantar da cadeira de rodas e nunca mais depender dela. Confesso que esses sonhos em nada me ajudaram. Se minha fé é pequena, tenho certeza que não. Pode até não ser grande o suficiente para alcançar a "cura" do meu filho mas é o bastante para acordar disposta para mais um dia. Para sorrir mesmo quando as situações me fazem chorar e para acreditar ainda que nada tenha sentido. Eu, Antônia, confesso que não tenho mais esse sonho, pois ele foi substituído por um de maior grandeza. Hoje, desejo ver meu filho sorrir sem sentir dor. Vê-lo sorrir apesar das inúmeras dificuldades que enfrenta é uma rea

Presentes demais, valores de menos

Semana passada não consegui conter meus impulsos de mãe e depois de muita insistência do Victor por um presente de dia das crianças fui até a loja em busca de um brinquedo. Na ocasião estava sozinha com as duas crianças e nem pensei que comprar um presente para meu filho seria uma missão quase impossível. As dificuldades já começaram na calçada que estava cheia de brinquedos literalmente espalhados pelos compradores. Os pedestres que quisessem passar que desviassem entre os brinquedos e os carros no estacionamento que fica de frente a calçada. Eu que empurrava a cadeira do Lucas, esperava já sem paciência as pessoas nos darem licença já que não dava pra nos aventurarmos em meio aos carros quase colados uns nos outros sem espaço para uma cadeira de rodas. Dentro da loja uma surpresa desagradável. Carrinhos e brinquedos nos corredores. Tinha até carrinho com bebê dentro bem longe dos pais e para passar, puxa carrinho com bebê e tudo. Os pais nem viram o bebê reclamar que outra pessoa

Escola em casa - De volta aos estímulos pedagógicos

Faz muito tempo que não faço atividades pedagógicas com o Lucas. Mas sinto que o momento é propício principalmente pelo fato de que ele vê os colegas de sala fazendo atividades todos os dias e em casa acompanha o irmão fazendo suas lições. Psicologicamente ele está aberto para fazer atividades comigo e diz até que sou sua professora. Preferia não ser mas já que ele não tem atividades constantemente na escola, vamos criar a escola em casa... Estou voltando com as atividades usando a Apostila Mundo Novo - Volume I, porém boa parte do que está na apostila ele já sabe pois já passei pra ele antes mesmo de publicar o material. Faço diário para acompanhar a evolução dele e também filmagens. As atividades que quero passar duas vezes faço xerox da apostila e só quando vou passar pra ele pela ultima vez deixo que faço direto no material. As atividades que não responder bem, precisam ser repetidas diversas vezes até que assimile o conteúdo. Nos ultimos trinta dias é a segunda vez que pass