Pular para o conteúdo principal

Olá

Esse fim de semana passamos bem, no feriado de sexta o Fabio foi trabalhar e minha sogra chamou pra almoçar em sua casa. Aceitei o convite e perguntei pras crianças o que elas acharam. Victor gostou de cara mas o Lucas disse que não... não quero ir, quero ficar em casa.
Ignorei e nos arrumamos. Logo a tia Lu (tia predileta dele), passa para nos pegar e eis que ele mudou imediatamente o seu humor. ficou todo feliz e foi cantarolando o caminho todo.
Foi um dia tranquilo. Ele gosta muito da casa da vó Cleide, pois ela faz tudo o que ele quer.
No sábado também tivemos um dia tranquilo, ficamos em casa, jogando video-game e no final da tarde fomos ao mercado.
Ontem chamei todos para me acompanharem até a feira. O Lucas como sempre disse que não queria ir, mas eu insisti dizendo que seria bom dar uma volta na rua para tomarmos um ar. Ele foi até a feira de cabeça baixa, ato que colabora para que todas as pessoas fiquem olhando pra ele. Acho que até imaginando coitadinho, mais ainda do que imaginariam se ele andasse de cabeça erguida. Paramos na barraca do pastel e ele comeu um pouco. Estava bravo e dizendo que queria dormir.
Quando chegamos em casa ele foi para o seu quarto e ficou resmungando, quando o Fabio foi falar com ele, começou a chorar... Fui lá e perguntei o que ele queria fazer e me disse que queria brincar, mas chorava muito sentido. Pra mim ele estava chorando porquê estava deprimido.
Conversei com o Fabio (na cozinha) e disse-lhe o que eu achava. e que deveríamos tocar no assunto com ele. Mas que não sabia como... Ele não concordou mas logo mudou de opinião. Voltou pro quarto enquanto eu fui fazer o almoço e logo escuto as gargalhadas do Lucas. Estavam brincando com os brinquedos. Enquanto isso Victor estava jogando video-game.

Após o almoço começou o jogo de futebol e Fabio foi assistir com o Lucas no quarto. Ele nem parecia a mesma criança da manhã. Havia acabado aquela tristeza. Minha mãe chegou logo em seguida, ainda no primeiro tempo do jogo. Mas o Lucas que sempre faz uma festa quando ela chega, não quis nem saber, disse que queria ver futebol com o pai.

Como sabem, Lucas sempre foi uma criança feliz e sempre gostou da bagunça, mas quando o corinthians fez o primeiro gol, que o fabio gritou ele gritou junto, mas chorando... ficou uns 15 minutos até que conseguimos acalmá-lo. O Fabio ainda disse: no gol do são paulo, ele não chora, mas chora agora, ele tá é virando são paulino...

Na verdade essa não é a primeira vez que vivemos situações como essa e dentro de mim não passa nenhum sentimento positivo quando vejo isso se repetir. Pra mim o Lucas anda bem frágil e aquelas situações que antes o deixavam eufórico, agora lhe causam angústia ou algo parecido...

Lembro que no seu último aniversário, bem na hora do parabéns ele começou a chorar e ficou uns 40 minutos chorando. Na casa da minha sogra, ninguém entendeu nada e ficou o maior clima de velório... a agitação pra ele, muita gente falando, aquela bagunça que é quando a família se reúne... tenho visto que isso mexe demais com ele e é como se fosse desgastante, parece que sofre um grande estress. Uma coisa que sempre percebo nessas ocasiões é que o coração dele vai "a mil". Ele fica tão agitado que tem taquicardia e começa a suar, seus pés ficam molhados e frios... isso é uma coisa que eu vou ter que falar para o pediatra pois confesso que me assusta e além do mais ele não tinha isso.

Bom vou me arrumar para ida ao médico.
Tenham todos uma semana abençoada!!!

Bjks

Comentários

Antônia, fiquei pensando no que você escreveu sobre o Lucas, imagino o conflito que ele está passando.
Já está um rapazinho e entende as coisas.
Não seria interessante uma terapia? O que você acha?
Não sou entendida do assunto, mas sei que em muitos casos ela ajuda a passar por estes momentos mais delicados.
bjks

Postagens mais visitadas deste blog

Porque dói tanto???

Ontem finalmente consegui assistir ao filme que tanto queria ver, Meu pé esquerdo, que conta a história de um rapaz com Paralisia Cerebral que tinha uma mente genial... como eu já imaginava, o filme me prendeu e me emocionou do inicio ao fim. Me vi alí em grande parte do tempo como aquela mãe que tentava ensinar o filho ainda que todas as circunstancias parecessem desfavoráveis, lutando por ele dia após dia enquanto muitos a sua volta a viam como a coitada que carrega um fardo... pobres doentes!! Quantos desses já encontrei em meu caminho... me olhando como se eu tivesse sido premiada por uma grande desgraça. No filme aquele "pobre coitado" conseguiu mostrar o seu valor, realizando conquistas que nem mesmo os mais "premiados" com seus corpos e mentes perfeitos conseguiam. A dor porém fazia parte daquela história assim como se faz presente na minha e do meu filho. Hoje já não surgem perguntas como Porque comigo?? ou afirmações como Eu não deveria ter

Voltando...

Estou de mal comigo mesma por estar tanto tempo longe daqui, das minhas coisas, meus textos que é o que mais amo fazer, mas tanta correria atrás de melhorias na escola, doações de fraldas específicas, ufa! como isso leva tempo e cansa... Tenho tantas novidades, mas logo vou fazer as pazes comigo mesma e atualizar "meus dados"... Começando pelas minhas novas madeixas...

Vale a pena sonhar!

Estava eu conversando com o Diego Fernandes que também tem paralisia cerebral agora a tarde e claro que a conversa foi motivadora, por isso faço questão de registrá-la aqui: Diego Fernandes da Cunha diz oi[ ]procura o daniel filho Antonia Yamashita diz quem é ele? Diego Fernandes da Cunha diz cineasta o livro dá um filme Antonia Yamashita diz rsrs ow obrigada Diego Fernandes da Cunha diz ñ acabei ainda mass falo sério gostaria q a trajetória de uma mãe especial virasse filme Antonia Yamashita diz poxa que honra... vou postar no blog Diego Fernandes da Cunha diz qdo postar me avisse quero ver Então Diego, aqui está, muitas pessoas veem nossas conquistas mas não enxergam nossa batalha. Como todos aqueles que lutam, eu também pago o meu preço e custa caro, mas retorno como esse que você me deu me fazem acreditar que tudo vale a pena, o sonho, a luta, o que deixamos de lado em prol da batalha... Obrigada, muito obrigada!! Daniel Filho, meu filho, cadê você?!! Va